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1822. Carta de Gertrudes Rosa da Conceição, presa, para António José Ferreira, caixeiro, também preso.
Autor(es)
Gertrudes Rosa da Conceição
Destinatário(s)
António José Ferreira
Resumo
A ré, presa, informa o amante das condições em que está e exprime o desejo de ver o marido morto.
Texto: -
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diceme
q ele pos la a filha
e diceme q foce
eu
pa o convento q me
hera milhor porq
me ariscava a cahir me huma
centenca
eu lhe dice q agora tinha vindo
abrir
os olhos ja não tinha medo porq
estava
aqui huma q não estava com
o marido pois lhe
tinha fogido havia
9 meses e q veio presa e
q lhe cahio
hir por 5 annos
pa
castro marinho
q eu
fasia de conta o mesmo e
q era o pago
q ele me dava
acim eu não lhe quero
pedir
porq não quero q
diga q eu
estou compeles
eu ainda
q estou
mto ismorecida não o mostro
pa as pecoas
conhecidas dele
porq cempre me queixo
mto dele
ele dise o irmão
q eu o discon
punha em cartas
q lhe iscrevia q
em ves
d eu pedir merzircordia q
ele antão me por
doava q ainda o iritava
eu estou
a conta
de Ds e de
Vmce
o q lhe peco he
q me não
iscandelise pois cabe como eu
estou q
istou pior do
q
Vmce
porq
Vmce he home
eu sou molher
porq
Vmce dis q esta
p
erdido pa amor de mim
iso não he asim
porq ce Vmce esta pa amor de mim
eu es
tou pa amor de
Vmce
acim contentem
osnos ambos com a noca corte e
o mais
deixemo a Ds
o
q eu desigava hera
haver quem lhe tirace
agora a vida q
CSo acim herãomos livres
aDs ate a v
ista
q não cei quando cera
não rep
are em o papel
hir cugo porq estava
huma bebada e mo calpicou todo
aDs
aDs
aDs
aD
aDs
aDs
aDs
não ce isqueca de mim
porq eu tambe
m me não isqueco da cua
pecoa
olhe
q ate o cafe daquele dia em bul de pra
ta ate iso handa a publico
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