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Maarten Janssen, 2014-

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1591. Carta de Francisco Madeira, mercador, para João Nunes, também mercador.

SummaryO autor dirige-se ao seu conhecido dando-lhe diversas notícias sobre os seus negócios e outros assuntos do Brasil.
Author(s) Francisco Madeira
Addressee(s) João Nunes            
From América, Brasil, Olinda
To América, Brasil, Salvador da Bahia
Context

João Nunes, cristão-novo, mercador em Pernambuco, foi preso pelo Santo Ofício em Salvador da Bahia em 1592 por se dizer que tinha um Cristo escondido "detrás de um servidor em que fazia suas necessidades corporais" (fl. 8v). Às testemunhas inquiridas pelo visitador do Santo Ofício (criados do mercador), fora-lhes perguntado pelos comportamentos judaizantes do amo e pelas diligências que ele teria encomendado, já preso: i) para que escondessem o produto da venda de uns escravos ("setecentos e quarenta e tantos mil réis de umas 112 peças de escravos" ‒ fl. 19v) e ii) para se saber se já tinha sido passada uma provisão do Rei para que não se confiscassem as fazendas dos cristãos-novos presos pela Inquisição (fl. 18v). O processo foi todo preparado no Brasil pelo visitador Heitor Furtado de Mendonça, contendo apenas provas materiais e notação de testemunhos. Contém muitas denúncias de judaísmo e paganismo, alegadamente praticados por vários indivíduos da zona de Pernambuco. Depois de preso, João Nunes foi levado a ferros para Lisboa à guarda do mestre da caravela São João. No final de 1593 foi libertado sob fiança, ficando obrigado a residir em Lisboa. Em 1597 foi-lhe finalmente retirada a acusação.

Outros processos relacionados na Inquisição de Lisboa sob o nome de João Nunes são os n.º 88, n.º 885, n.º1491 e n.º 12464.

Support uma folha de papel dobrada escrita na primeira, segunda e terceira faces, e com o sobrescrito na última.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Processo 87
Folios 16r-17v
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcription Tiago Machado de de Castro
Main Revision Catarina Carvalheiro
Contextualization Tiago Machado de Castro
Transcription date2014

Page 16r > 16v

[1]
Jhus en Olda a 22 de dezro 1591 a
[2]
sor

Ja os seus qua desta banda não podemos sofrir

[3]
tam grande auzemsia mas como vm la tiver saude
[4]
e privansa seja como for servido e ordenar, cõtudo
[5]
as cousas de qua ja agora requerẽ sua presẽsa
[6]
dado q zuzarte nunẽz e simão fazẽ o posivel e
[7]
andão bem nas bainhas, e comrespõden o q devem

/ En grande espanto nos pos quá a provisão do sor gor

[8]
em mandar q nenhũa pa se saisse desta capa que
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foi polla en serquo q nẽ a nosa sra da conseição
[10]
da ilha ouzou pa allguã de ir nẽ cuido q ainda
[11]
q oje a paraiba aja mister socorro q ouzarão
[12]
a dallo. E se isto ouver de durar mto sera opresão
[13]
grande pois arde o verde e sequo q como o Snor
[14]
gor esta tão distante não he posiuel dispemssar
[15]
os inocentes pello q vm não deixe de interseder
[16]
nesta parte q eu apresare sua vinda eu alevante
[17]
o embarguo exceptuar os mãos e cullpados. e lar
[18]
guar aos bons e inoçentes e mais serto q no reino
[19]
não deve de soar isso bẽ porq hẽ hum genero
[20]
de captiveiro e sogeição cõtudo se o sor gor ouver
[21]
de fazer detença aja vm Lca pa sem embargo
[22]
de sua pvizão me poder mudar por q se me não
[23]
pasẽ os navios da boa monção -

o sor xptovão de barros passou pvizão a João gomez

[24]
pa o prosedimto da devasa pareçe q veio a notisia
[25]
do ldo gar ferraz e pode ser q por favoreser os

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