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Maarten Janssen, 2014-

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1596. Carta de Filipa Gomes para o seu sobrinho, Fernão da Horta, mercador, tratante e banqueiro.

Autor(es) Filipa Gomes      
Destinatário(s) Fernão da Horta      
In English

Condolences letter from Filipa Gomes, a merchant's widow, to her nephew Fernão da Horta, a merchant, trader and banker.

The author sends her condolences from Venice to Lisbon for the passing of her sister in law, mother of the addressee.

The New Christians Diogo da Horta and Fernão da Horta were arrested by the Inquisition on the charge of Judaism. Diogo da Horta was the first to be arrested. He wrote two letters on some pieces of fabric, one to his brother Fernão da Horta and another to a letter carrier who denounced him. This latter, António de Melo, told the court how Diogo da Horta managed to write in prison: he made the support from a towel of Indian fabric, the ink from vinegar and candle smoke, which he collected using a roof tile, and the pen from a broomstick. The brother was arrested later, precisely because of this correspondence.

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Texto: -


[1]
Snor sobrynho
[2]
por cartas d amto gomez de Roma soubemos do falycymto de sua mãy e yrmãa mynha que serto eu a não tyve ca e a ela tyve sempre por tal pois era tão queryda e amada de mym como a Rezão
[3]
pois de mynhas fas q dyrey
[4]
sertamte sobrynho que fycão elas mto descomsolada e com tamta Rezão
[5]
que o snor deos socoRa a suas tão querydas e amadas fas e fos que tão prestes e tão malograda os quys deyxar orfãos de pay e mãy
[6]
o snr ds sabe que me chega alma sua orfandade e pareçẽ queys ele prover damtes que o fosem de pay e mãy dar nos a snra sobrynha lucreçya d orta pera fycar em lugar de seu ẽparo e abrygo
[7]
q serto não tenho outro alyvyo com que nesta parte as comsolar e me comsolar mais que terem ese emparo
[8]
e lhe pedymos eu e mynha fa cateryna pymymtel que faça com todos asy como meu yrmão desejava fazer com ela que sabe o snor q ele a querya e amava como a coalquer de nos pelo que bem vejo coamto e desnesesaryo esta lembramça mas com estar tão lomge e tão fraca de todas as forças. com ysto me satysfaço em parte q bem sey q a snora lucrecya q e e foy sempre come verdadeyra fa e yrmãa nosa
[9]
o que oje e nesesaryo que Rogẽmos ao snor que tẽnha sua alma em glorya e que lhe vyvão seus fos pa emparo das orfas
[10]
e vos sobrynho meu da mynha alma sejais bemdyto
[11]
e por amor do snor que sejais prudemte velho em tudo como comfyo sereis que tão presto vos foy nesesaryo serdes pay d orfas
[12]
ele vos de vyda e forças pa poder asertar em tudo o que puzerdes a mão
[13]
e lyvre ese moço
[14]
e a todos faça o que ele pode
[15]
e as mynhas sobrynhas se alembre o snor de sua orfamdade
[16]
e a eles e a nos de pacyẽcya pera tal dor e tal chaga
[17]
e sejais todos bemdytos do snor e de mym
[18]
e cateryna fas o mesmo e fyca mto tyste e mto descomsolada
[19]
e todos a emcomẽdamos sua alma ao altysemo
[20]
ele seja com todos
[21]
de veneza des de dezembro de 1596.
[22]
de vosa tya e no amor como mãy fylypa gomes

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