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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0282

[1652]. Carta de António de Antas Barreto, vigário, para Francisco Teixeira, pajem.

ResumoO autor pede notícias a um jovem pajem e mostra-se muito afetuoso e saudoso.
Autor(es) António Dantas Barreto
Destinatário(s) Francisco Teixeira            
De Portugal, Braga
Para S.l.
Contexto

Este processo diz respeito a António de Antas Barreto, vigário da igreja de São Mamede de Sezures, em Barcelos. Acusado de sodomia com cerca de 15 moços, o réu foi condenado a quatro anos fora do Reino e a pagamento das custas do processo. Consta que o réu não cumpriu o dito degredo e deixou-se estar em casa, mesmo sem nenhum impedimento para o fazer. Como se pode ver pela carta PSCR0280, frei Luís da Silva Coelho denunciou o réu por este ter assediado um pajem de Jacinto Teixeira de Melo, chamado Francisco Teixeira, a quem o réu escreveu as duas cartas que se encontram anexadas ao processo (PSCR0281 e PSCR0282), tendo entregue as mesmas à Mesa da Inquisição como prova do referido assédio. O fidalgo Jacinto Teixeira de Melo era filho de um parente de frei Luís da Silva Coelho e encontrava-se na sua casa com o seu pajem.

Suporte meia folha de papel dobrada escrita apenas no rosto.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Coimbra
Cota arquivística Processo 4061
Fólios 11r
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2353940
Socio-Historical Keywords Maria Teresa Oliveira
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Raïssa Gillier
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Raïssa Gillier
Data da transcrição2015

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A Franco Teixra me gde ds

Se como esta esculpido o peregrino retrato desse rosto em minha alma, estivera Eu em vossa memoria bem creo q igoalmte andareis ( como Eu ando ) flutuando em furioso mar de saudades, e q vençido dellas me não falta-reis novas vossas mas q posso Eu esperar de quẽ tendo minha alma captiva, se quer mostrar tão livre E snor, emfim pa a vista guardo o demais. O Portador vos entregará meu bem Vossa Encomenda estimaia no grao q deveis E não bulais nella athe Eu ir q tenho q vos dizer Em particular sobre o q em sy leva. Mandaime mil novas vossas, Em satisfação de nossos tantos abraços q vos da minha vontade q fica a vosso serviço pa sempre consa-grada. A ds amor q nos gde(

rasgai logo esta

O Vosso maior amigo Antonio d antas Barreto

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