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Maarten Janssen, 2014-

PSCR1221

1567. Carta de António da Fonseca para Heitor Mendes.

ResumoO autor dá a sua opinião e conselhos sobre assuntos particulares.
Autor(es) António da Fonseca
Destinatário(s) Heitor Mendes            
De Itália, Roma
Para Portugal, Lisboa
Contexto

As cartas PSCR1220 a PSCR1223 encontram-se no processo de Heitor Mendes, cristão-novo, banqueiro e mercador de ferro, acusado de judaísmo pela Inquisição em função das declarações de Beatriz Mendes, sua mãe. Esta, interrogada pelo Santo Ofício em dezembro de 1567, tinha denunciado o próprio filho. Em sua defesa, Heitor Mendes alegou que estava de relações cortadas com os pais já que a mãe o acusara de ter roubado um conto de réis quando se casara. A mãe teria mesmo convencido Francisco Dias Mendes, o marido e pai do réu, a escrever cartas a várias pessoas - em particular ao sobrinho Diogo Mendes Peixoto (PSCR1220), filho do licenciado Nuno Dias e primo de Heitor Mendes, e ao irmão Nuno Dias (PSCR 1222 e PSCR 1223), tio e sogro de Heitor Mendes - a queixar-se da atitude do filho. As cartas incluídas no processo foram apresentadas como prova da defesa para demonstrar a inimizade entre o réu e os pais e invalidar o testemunho de Beatriz Mendes. Heitor Mendes não chegou a ser preso e não foi provada a sua culpabilidade, pelo que abjurou na Mesa, de leve suspeito, em 1570. Cerca de trinta anos depois, Heitor Mendes foi de novo implicado em práticas de judaísmo mas, mais uma vez, nada se provou, sendo absolvido em 1602.

Suporte uma folha de papel dobrada, escrita na primeira face e com o sobrescrito na última.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 10377
Fólios 49r-50v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2310539
Transcrição Teresa Rebelo da Silva
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Teresa Rebelo da Silva
Modernização Clara Pinto
Data da transcrição2016

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Ao muito magco q o sr Eytor men dez meu snor Lixa sor

Recebi duas de vm hũa de 6 de junho Repta de hũa minha de 19 de abrill e a outra de 20 de julho e pa cõmigo tẽ neçeçidade de espvme agradecimtos nẽ ter cõmigo cõprmẽtos senã mãdarme q ho sirva e pasar adiãte

pesoume de ho sor seu pai ho fazer mto bẽ ele pois a ds graças o podiã tãbẽ fazer e lho deviã alẽ de fo plo q vm tẽ trabalhado lho adquirir mas velhos somos amigos de dro e ja q ho eles fezerã asi vm estãdo ahora sua mai no mo hee mto terẽ deferẽca sobre ho mesmo ẽtre si o sor Ldo no diaz e seu fo todavia pesoume ficar vm eles mto cociẽte porq pãis p cousa desta vida se haa de quebrar quãto mais p 500 # de mais ha menos foi grãde ero leixarẽno tornar a trãcoso q hee tera de miseria e asi nesa cidade poderã viver omradamte e todo modo hos devẽ de fazer tornar a vir

quãto ha ãrique diaz segdo qua tenho p ẽformacã devia de contẽtar mto ao sor seu tio pa casar ha irmã de frco pinhro pq me dizẽ q hee mto cortesão deviase de trabalhar p casar esta sora q hee ja tẽpo e Rezão

ha asolvicã pa ho seu clerigo se concedeo e ja ha dias q ho avisei ao sor Ldo vm veja se presto pa ho svir e mãdeme sẽpre eu e ãta luis beijamos mãos de vm e da sora guiomar diaz de Roma a 3 de novro 1567

svdor de vm Amto da Foca

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