PSCR0580 1718. Carta de frei Francisco da Graça para um amigo.
Summary O autor conta ao destinatário sobre o trabalho que deu tratar de um negócio do amigo.
Author(s)
Francisco da Graça
Addressee(s)
Anónimo429
From
Portugal, Moncorvo, Torre de Moncorvo
To
Portugal, Braga
Context Processo volumoso com vários recibos, ali incluídos por alguém que tinha a perfeita consciência do seu valor enquanto prova documental dos factos. Os embargos apresentados por João Pires Valente, da vila de Mós, eram relativos a rendas dos quintos de Mogadouro e terças de Mós e de Urros (do ano de 1712 a S. joão de 1714), em resposta a uma execução movida pela Mitra Primaz ao suplicante e seu sócio. Neste sentido, o suplicante recusava-se a pagar coisa alguma. O frei Francisco da Graça era irmão de João Pires Valente e as cartas que escreve referem-se a este (PSCR0580, PSCR0581 e PSCR0582).
Support
meia folha de papel não dobrada escrita apenas no rosto.
Archival Institution
Arquivo Distrital de Braga
Repository
Relação Eclesiástica
Archival Reference
Maço 3, Processo 39
Folios
123r
Transcription
Leonor Tavares
Main Revision
Clara Pinto
Contextualization
Ana Leitão
Standardization
Clara Pinto
Transcription date 2015
View options
Text : Transcription Edition Variant form Standardization - Show : Colors Formatting <lb> Images - Tags : Word Class Detailed POS Lemma Linguistic notes
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Meu Amigo e meu Sor Não
respondi a de Vm a huã por -
falta de portador q suposto
os tenha havido como estou ca
neste retiro o não sei e mais ,
como este negocio tem tomado ,
varios caminhos sem resulução
não se sabia o q se avia de es-
crever ; e foi tão longe do q Vm
na sua me dezia de q meu Ir
não avia de ter torvação q ja su
ponho o Vm saberá q dipois
do sor Pai prezo tendo o Dor ja
feito socresto pellos seus oficiais
a meu Ir se foi lá em pessoa a
fazer outra com mais rigor q
ainda hoje está minha cunhada
sobresaltada e meu Ir em carta
lá q tãobem o queria prender
achasse isto ca nas letras da Tore
lá nas dessa terra não sei se sera
assim ; Vendo eu o desemparo da
caza de meu Ir e a rigoroza pri
zão em q o sor Pai se acha e q
Vm deve mto mto reparar , me fui ter com elle pa aver de se por livre
e tratar do remedio destas couzas pois ja o sor Pai remediou outras de
mayor soposição não tendo o arimo de Vm q se acha hoje com
tantos creditos nesta terra ; e não tem Vm nehum em o ter ali
( bem me pode emtender ) Asentamos em q Vm a puzesse fora com fian
cas novas ficando meu Ir desobrigado della q se joeire tudo o da ren
da q não será tão pouco sendo percurado pello sor Pai q botará em
coatro mil cruzados e feitas estas contas toda a perca q ouver quer meu
Ir emtrar a essa com a sua terça parte como socio e tudo o mais direito
renunciará a duzentos mil reis q no trespasse dos quintos lhe davão como
o sor Pai sabe abrase este comcerto olhe pa o sor Pai em q estado esta e
olhe pa a sua reputação e agradecame o mto trabalho q tenho tido neste ne
gocio porq se eu não fora quiça não se fizerã este asento q ambos eu e o sor
Pai asemtamos e emtenda q está minha carta sirva por escritura q se lhe
não há de faltar a nada , e se se duvidar logo logo fará meu Ir escritura
pa satisfazer as perdas a q tocar a sua terça avendoas , e e toda a demora
he proveito pa os escrivais e mais oficiáis . a quem ds gde oje da Tore
a 9 de Julho de 718
Amigo ex Corde
Fr Francisco da graça
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