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Maarten Janssen, 2014-

PS3003

[1822]. Carta anónima, assinada com o pseudónimo Martinho Marques, para um destinatário não identificado.

Autor(es) Anónimo575
Destinatário(s)            
De Portugal, Lisboa
Para
Contexto

Processo relativo a um anónimo que usava os pseudónimos de Pedro Leal, o Chuço, Martinho Marques e Joaquim Soares, acusado de extorsão a partir da cadeia do Limoeiro.

A forma de crime que esta carta documenta (e outras mais de igual teor) representa uma prática que se tornou característica da cadeia do Limoeiro no primeiro quartel de Oitocentos e cuja amplitude em muito beneficiou da instabilidade política e social associada aos primeiros anos do Liberalismo e da ambiência generalizada de vulnerabilidade e suspeição.

Suporte meia folha de papel dobrada escrita nas três primeiras faces, acompanhada de um bilhete.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Juízo Crime do Bairro do Limoeiro
Cota arquivística Maço 13, Número 25
Fólios [12]r-v, [13]r, [14]r
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcrição Mariana Gomes
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Miguel Cruz
Modernização Rita Marquilhas
Data da transcrição2013

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Illmo Snr Dor

Estimo muito q vmce tenha passado mto e toda a sua Ilustre fama pois nos todos andamos com saued pa tudo qto fôr de dar lhe gosto

Snr os Amigos servem pa as oCazions pello q eu sempre tenho tratado a vmce como Ao verdadeiro pello q nunca me quis deLiberar a desfeitalo tudo pello ter goardado para esta oCazião q eu confiado na sua bondade espero q me sirva, e espero vmce não qra o Rigor da ma Justiça por cujo fim lhe digo

vmce fazerme-há o favor me emprestar doze moedas quaes eu torno a entregar a vmce ou em sua Caza ou em qualquer pte q nos encontrarmos, pois vmce hade receber mais ainda assim não qra mto pello pouco,

vmce mandará estas doze moedas, daqui athe 30 do Corte vmce as mandará entregar ao Li-moeiro, procurará pela Enxovia Ve-lha da Corte, e procure por hum prezo, chamado Joze Pires, pode entregarlhe então este dro e elle lhe dara a vmce hua Cautela tal e qual a esta, q remeto, nisto tudo tome vmce mto sentido e tenha mto mto segredo, não o diga a ninguem, qdo nao Conte

Este do Je Pires, Camarada, e pa elle ser solto precizo este dro q lhe peco pois vmce espero q o mande antes q eu lhe prometo a sua segurança, e qdo chamar pello do Joze Pires o Chamará em segredo e Vmce faça isto como lhe digo q eu prometo a vmce a sua sigurança, e não o fazendo asim pode contar q perde a Vida pois mmo a sua Caza lhe hirei cortar as orelhas, e conte q eu tenho mtos Camaradas, asim não qra dar mto pello pouco, pois espero não qra o Rigor da ma Justica, e escolha ou mdar ou morrer, e tome sentido

e por esta lho juro

Lisboa 23 de Agosto, Sou seu Vor Capam da Coadrilha Marto Marques

pa Porto Salvo Joze Pires


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