PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

CARDS9192

1822. Carta de um dos membros da quadrilha de João da Mata para seu tio.

SummaryO autor envia uma carta de extorsão a seu tio, ameaçando-o de morte, caso não cumpra as exigências feitas.
Author(s) Anónimo 68
Addressee(s) Anónimo 254            
From Portugal, Lisboa
To S.l.
Context

Este processo está junto a um outro de 1823 por dizerem ambos respeito ao mesmo réu, João da Mata. Os outros réus são Pedro Correia e António José de Lima. O grupo escrevia cartas de ameaça para extorquir dinheiro com o qual pretendia pagar a libertação da prisão. As cartas foram entregues à Polícia por Manuel da Costa, uma das vítimas. A forma de extorsão que esta carta documenta (e outras mais de igual teor) representa uma prática que se tornou característica da cadeia do Limoeiro no primeiro quartel de Oitocentos e cuja amplitude em muito beneficiou da instabilidade política e social associada aos primeiros anos do Liberalismo e da ambiência generalizada de vulnerabilidade e suspeição. A carta é da mesma mão das assinadas por Francisco Carvoeiro, Pedro Correia e João Almirante. V. CARDS7080, CARDS7081, CARDS7083 e CARDS7084. Esta carta partilha um dos fólios com a CARDS7086.

Support meia folha de papel dobrada escrita em três faces e com o sobrescrito na última.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra J, Maço 240, Número 7, Caixa 623, Caderno 4, Apenso 1
Folios [10]r-[11]v
Transcription Ana Rita Guilherme
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Ana Rita Guilherme
Standardization Sandra Antunes
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2007

Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.

Meu Tio isto he pa Vmce ter mais amizada a este seu sobrinho esta he a Resposta q eu lhe mando da Carta dos meus amos e Veja bem como cumpre esta palavra e o que elles lhe ped pa mim p m Vejo na huma prizão e Vmce não se lembre do seu sobrinho q lhe tem dado tanta dinhro a ganhar; e mais os meus companheiros eu aquy não lhe posso Valer eu q pertendo he este dinhro sem demora do tempo pois he mto preçizo, e asim qro aReçeber entre em quatro dias quando não mando mattar tudo qto tem mando encher corpo da facadas não quera ficar perdido p tão pouca dinhro se lhe mandar alguma carta q não leva sinal egual q Vmce tem não faça cauza della, Vmce mto bem conheçe o meu sinal q eu lhe mandey q he d obreia feito p modo de hum sello e pegado na mesma Carta, mandara este este dinhro ao Hospl da Sta Clara entregue ao João da Matta prezo da Gallea na 2a Emfermaria o portador ha de levar da ma mão hum sinal egual q Vmce tem e hum recibo em como foy entregue. Cuidado si falta

Deste Seu Creado João da Matta

PS Dará meia moedas ao portador desta do mesmo dinhro e mandame a demazia


Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Download XMLDownload textWordcloudFacsimile viewManuscript line viewPageflow viewSentence view