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Maarten Janssen, 2014-

CARDS8081

1830. Carta de autor anónimo para destinatário desconhecido.

SummaryA autora avisa o carcereiro da Cadeia do Castelo de que há presos a conspirar e a planear fugir.
Author(s) Anónima65
Addressee(s) Anónimo497            
From Portugal, Lisboa
To Lisboa
Context

Um grupo de militares encontrava-se encarcerado na cadeia do Castelo por serem adeptos da facção liberal. Combinaram um jantar, no corredor dos segredos, marcado para o dia de anos da Infanta D. Isabel Maria, mas que acabou por se realizar no dia seguinte – 5 de Julho de 1830. Os ânimos exaltaram-se e foram ditas algumas frases que soaram a “heréticas” ao carcereiro e ao guarda-livros da prisão, relativamente ao Rei D. Miguel e à sua filha. Os presos, que se encontravam na Sala Livre e na Saleta do Castelo, foram transferidos para a Sala Fechada e para a Enxovia. Entretanto, a 15 de Julho, o carcereiro da cadeia recebeu a carta anónima, abaixo transcrita, supostamente escrita por uma mulher, onde se denunciavam atividades clandestinas nos segredos onde se encontravam aprisionados aqueles mesmo rebeldes, desde troca de correspondência a maquinações obscuras para uma eventual fuga.

Support meia folha de papel dobrada, escrita nas duas primeiras faces
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra J, Maço 31, Número 7, Caixa 95, Caderno ?
Folios 14
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcription Cristina Albino
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Cristina Albino
Standardization Clara Pinto
Transcription date2007

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AO Ilmo Snro Sta Barbara Carcereiro da Cadeia do Castello etc etc ect Illmo Snr

Muito sou obrigada a vsa pelo mto q le deve pesoa qm pertence avizo a vsa q na sala se trata de couza pa emtrigar aruinar a vsa e são os q tem dado as maos para iço o Venancio o Cravalho de vinte dois Cardozo de Casadores o Caldeira o Silva dezaseis e o Costa de Casadores eu mesmo le houvi dizer gastese o q se gastar nos havemos livrarnos deste trigre e deposta fraidador do genoro humano e defender os nossos camaradas ate os ultimos cinco reis e ultima pinga de sangue se for percizo tanto elle como o alcoviteiro do juis e dois bregeiros do corpo dos ladrois.... q não sei quem são.... a de levalos o diabo e se não for asim em Lisboa ahinda ha mta loje de feraje i mta navalha de ponta.... he sermos conformes e sustentar sempre o mesmo e não cavaco a nada hum delles recebeo quarto moedas de mão de hum porcurador chamado Cezario Joze de Oliveira q mora na rua dos Capelistas e he mto malhado pa despeszas

tambem lhe adevirto q o Fonceca ostros falão dos segredos huns pros ostros de noite pa se combinar i pareceme q o Cravalho lhe manda bilhestes de noite por rapazes q saltão portras do muro e dãonos as ginellas dos segredos muito mais tinha para dizer mas não quero ser empertuna a vsa de quem sou criada mto obrigada

A M

Legenda:

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