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Maarten Janssen, 2014-

CARDS7063

[1801]. Cópia de carta de António Manuel Leite Pacheco Malheiro e Melo recriminando sua filha, Maria da Trindade Portugal.

SummaryO autor informa a filha de que tomará o partido de uma criada, e não dela, num litígio entre as duas.
Author(s) António Manuel Leite Pacheco Malheiro e Melo
Addressee(s) Maria da Trindade Portugal            
From Portugal, Lisboa
To S.l.
Context

Maria da Trindade Portugal, filha de António Manuel Leite Pacheco Malheiro e Melo, e o seu marido fizeram queixa de uma criada daquele, Teodora Maria, por esta ter dado uma bofetada e dois murros ao filho do casal. Maria da Trindade Portugal e o seu pai zangaram-se um com o outro em função desta ocorrência, uma vez que o pai tomou o partido da criada. O caso conduziu a uma luta judicial, provada pelo traslado de uma carta transcrita (CARDS7063). Uma outra carta, igualmente enviada por António Manuel Leite Pacheco Malheiro e Melo (CARDS7060), foi incluída no processo pelo marido da queixosa Maria da Trindade Portugal, para provar que a testemunha que apresentou, Francisca Antónia Xavier, fora também em tempos uma criada do sogro.

Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra J, Maço 203, Número 14, Caixa 540, Caderno 1
Folios 106r-107v
Transcription Ana Rita Guilherme
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Eduardo Jorge Nogueira Baena (nota biográfica) e Ana Rita Guilherme
Transcription date2007

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Queichaste de mim, e de que Eu proteja a huma rustica Mulher minha Creada, e que o tem sido pelo seu prestimo mais de vinte annos. Queres pertextar para a perseguires, que ella dera huma bofetada, e dois murros em teu filho: que este facto sucedera na Caza immediata á minha Camara, aonde me achava vestindo, e o meu Guardaropa. A minha familia, que ali estava, ninguem vio, nem sentio tom algum de semelhante acçam Retirouse a Criada para Caza de seu marido, por temer algum insulto: Mas ainda ali não socegou a tua Colera de perseguila, empenhandote com o Juis do Crime do Bairro para concorrer para a satisfação do teu genio, fazendo prendela na sua propria caza, e leva-la ignominiozamente entre dez homens para o limoeiro, aonde esteve todo o dia, e aonde lhe foi intimada huma ordem delle, que chamava termo, para que ella despejasse o bairo dentro de tempo certo; mas sem que ella o assignasse nem por si, nem por outrem. Todos estes factos forão requeridos por ti, e obrados pelo Juis. He verdade que Eu a portejo, e a sim razão, e dezaforo, com que foi injuriada, e o meu Respeito. Eu estou em Campo para lhe acudir, e defendela no que poder, não em meu nome, mas com as minhas deligencias, solecitando. Eu te seguro, que athe onde chegarem as minhas forças a hei de proteger; porque esta defeza não por ella a terei, mas por honra minha, e Grandeza a hei de praticar. Basta , que saibas, que a vista do que tenho largamente relatado eu espero ver os procedimentos, que determines continuar continuar, para Eu tambem me rezolver ao que me inspira o meu agravo, com tais Merecimentos

Teu Pai, que dezejou sempre os teus acertos A

Legenda:

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