PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

CARDS5106

1829. Carta de Maria Bárbara Micaela da Gama e Silva, proprietária, para o sargento José Nicolau da Conceição Correia de Melo, seu administrador.

SummaryA autora indigna-se perante a atitude pouco cumpridora de quem lhe arrenda as hortas e casas do Algarve. Pede contas ao destinatário e determina como ele há-de prosseguir no seu papel de administrador.
Author(s) Maria Bárbara Micaela da Gama e Silva
Addressee(s) José Nicolau da Conceição Correia de Melo            
From Portugal, Lisboa
To Portugal, Tavira
Context

Maria Bárbara Micaela da Gama e Silva acusou José Nicolau da Conceição Correia de Melo, sargento de quartel, de lhe ter roubado ouro, prata e 80. mil réis.O sargento administrava as suas fazendas e propriedades no Algarve, sobretudo em Tavira, e era sobre estes negócios que a autora falava ao réu nas cartas que lhe enviava, aqui transcritas.

Support meia folha de papel dobrada, escrita nas três primeiras faces.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra J, Maço 131, Número 15, Caixa 349, Caderno [2]
Folios 66r-67r
Transcription José Pedro Ferreira
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization José Pedro Ferreira
Transcription date2007

Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.

Snr Joze Necolau da Conçeição

Tive o prazer de receber a sua carta , que mto estimo pla serteza da sua boa saude e da sua snra a quem me recomendo mto e as meninas todas e a Benedita com mta espesialidade,

Eu a poucos dias que chegamos de fas hoje seite dias, que o mes de Janeiro não deu lugar a fazer ja nada, porq sempre chovia, vejo o que vmce dis das fazendas, pode vmce dezer o Joze Nobre, que por ser a elle lha dava por vinte outo tostoens, que por menos nem hum Rial lha dou por seu oulivar que tem e se elle a não queria devia logo sahir della por S Franco pa eu o ter arendado a outro, que dava mais do que eu lha dou a elle e plo eu dezijar conservar visto estar nella a mtos annos por iso a não arendei sem elle a dechar asim como elle não sahiu estamos a tantos de Fevereiro isto não tempo de fazer arendamentos, que qdo eu os faco por S Franco asim elle esta oubrigado a pagar a renda, e pa S Franco que embora vier, se não, quezer ficar, arendaria outro, huma fazenda daquellas, que so plo plo aseite ser de boa qualidade menos e mais denheiro, e o de Moncarapacho menos de sinco moedas não o dou se não quezer pónha-se-lhe caseiro pa copanheiro a Joze da Costa que va por escrito na porta da Freguezia da Lus, a fazer avizo, quem quer arendar, por que o Snr peleja emganou, que se não fose, os seus emganos ja estaria arendada porq se elle se arependeu podia logo por S Franco dezenganar, que qdo se fazem os arendamentos asim qdo o verissimo a tinha e são tantos os pertendentes, que a querião e agora tão poucos, em huma palavra mta falta de gente em Tavira fasa vmce e Joze da Costa toda a deligensia pa se arendar etc agradeso lhe mto as batátas a lembrasa que teve de as comprar vierão mto boas e sans, fasame vmçe o favor de me conprar duas arobas , que he pa fazer dose e mas remeta log logo que puder, etc aDs meo menino veja o Major, se quer fazer o fa logo pa o ano distrato etc Ds Gde a vmce como lhe deza aquella que

De vmce A mais veneradora e oubrigada D Maria Barbara Lxa 12 de Fevereiro de 1829

Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Download XMLDownload textWordcloudFacsimile viewManuscript line viewPageflow viewSentence view