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Maarten Janssen, 2014-

CARDS5104

1827. Carta de Maria Bárbara Micaela da Gama e Silva, proprietária, para o sargento José Nicolau da Conceição Correia de Melo, seu administrador.

SummaryA autora indigna-se perante a atitude pouco cumpridora de quem lhe arrenda as hortas e casas do Algarve. Pede contas ao destinatário e determina como ele há-de prosseguir no seu papel de administrador.
Author(s) Maria Bárbara Micaela da Gama e Silva
Addressee(s) José Nicolau da Conceição Correia de Melo            
From Portugal, Lisboa
To Portugal, Tavira
Context

Maria Bárbara Micaela da Gama e Silva acusou José Nicolau da Conceição Correia de Melo, sargento de quartel, de lhe ter roubado ouro, prata e 80. mil réis.O sargento administrava as suas fazendas e propriedades no Algarve, sobretudo em Tavira, e era sobre estes negócios que a autora falava ao réu nas cartas que lhe enviava, aqui transcritas.

Support meia folha de papel dobrada, escrita em todas as faces.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra J, Maço 131, Número 15, Caixa 349, Caderno [2]
Folios 62r-63v
Transcription José Pedro Ferreira
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization José Pedro Ferreira
Transcription date2007

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Snr Joze Nicolau da Conceicão

Reçebi a sua carta e estimo a sua saude e da sua snra a quem nos recomendamos mto ca ma fa Benedita com mto espessialidade reçebi a contia que vmce aponta e lhe agradesso mto o trabalho que teve da cobransa que elles devião pagar a vmce ese trabalho, se não fossem tão descuidados de aprontar as suas quarteis no tenpo cecudido, pois desde a feira athe o emtrudo so bastantes mezes pa elles trocarem denheiro e aprontalo, elles so meninas mas engannosem porque nem sempre estou de omor pa sufrer as suas demoras, tambem pa S Franco se handem fazer escreturas novas se quezerem continuar nelas porq me não fas conta dar as mas ortas per similhéte preso como elles pagão a orta velha da Talaia pagava sento e sesenta mil reis, mandelhe abater alguma porção ficou em sento e sincoenta mil reis, elle o que paga segundo vmce dis sesenta e hum mil reis, isto como vmce não sabe o ajuste pagado que elles querem o do rosas sim vem justa a orta de El rei tambem vém mto demenuta não me fas conta dar huma ortão daquela grandeza e com agua de pei por duzentos e quarenta mil reis, ella andava em trezentos mil reis Joze da Crus anda em sesenta mil reis logo avia pagar trinta mil reis e não vinte e outo, ja do outro quartel me remeteu vmce seis moedas e não emtendo esta conta de Joze da cruz dis que adientado pa o quartel de S Franco que vem não emtendo as contas que elle quer fazer commigo, hum anno tem dois quarteis, tem pago dois quarteis com falta de denheiro em cada quartel em me não mandando o que falta pa os sesenta mil reis não fica nela, que eu tenho quem ma rende, e não resebo, este denheiro como adiantado como elle quer Joze da costa que cobrava este denheiro pa meo Janrro labe sem me aprezentar os recibos desde o tempo que elle não cobra asim passada a pascua me avériguari iso com clareza, elles querem zonbar de mim como se emganão a vila Real, tambem não a conta de quinze moedas vencidas ajuntando-se quareta mil e quatrosentos com os papeis, que vmce remete do emporte da oubra, que não emportou pouco se elle fizer mais oubras a sua vontade sem ma detriminação não as levou em conta porque não ademito semilhente despostismo, persizo aturidude do senhorio pa se fazer iso digalhe vmce isto e vmce lho não quer dezer, digame o nome delle, que eu lhe escreverei e mandarei Joze da costa, com a ma carta eu tenho quem quera as cazas, com outros lucros que elle me não e sertamente as alugo, porq elle quer hir talhando oubras a sua vontade e darme huma bagatela nem o senhorio tem oubrigação de por vidros se elles querem ter pa a sua comodidade, que o fação a sua custa e não a custa do aluger, com que pasada a pascua farei as contas do que me restão os snres ortalanos em não andando dreitos ja os ponho na rua Ds Gde a vmce como lhe roga quem de

vmce A mais veneradora e oubrigada D Maria Barbara etc Lxa 22 de Março de 1827

Legenda:

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