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Maarten Janssen, 2014-

CARDS0105

[1822]. Carta de Maria dos Prazeres Soares de Abreu e Melo para seu irmão Manuel Nicolau de Abreu.

ResumenA autora despede-se carinhosamente do irmão, pedindo-lhe desculpas no caso de ele se ter ofendido por alguma das suas ações.
Autor(es) Maria dos Prazeres Soares de Abreu e Melo
Destinatario(s) Manuel Nicolau de Abreu            
Desde S.l.
Para S.l.
Contexto

O réu deste processo é António José Cabral de Melo e Pinto, desembargador e corregedor da comarca de Beja, considerado culpado da morte da mulher, Maria dos Prazeres Soares de Abreu e Melo, e condenado a degredo perpétuo. No processo existem várias cartas, na sua maioria lidas e copiadas pelos advogados. Há cartas escritas pelo réu à sua mulher e cartas escritas pela mulher a várias pessoas. O primeiro conjunto de cartas foi utilizado pela defesa para demonstrar como entre marido e mulher não havia qualquer animosidade. Um segundo conjunto foi já utilizado pela acusação para mostrar que o réu duvidava da fidelidade da mulher e por isso mesmo ter-se-ia fingido vítima de um assalto, no decurso do qual Maria dos Prazeres fora assassinada. Segundo a acusação, no assalto estariam implicados os criados do desembargador, seus cúmplices.

Soporte meia folha de papel dobrada, escrita no rosto e no verso do primeiro fólio e com o sobrescrito no rosto do segundo fólio.
Archivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fondo Feitos Findos, Processos-Crime
Referencia archivística Letra A, Maço 4, Número 12, Caixa 11, Caderno [22]
Folios 20r-v
Transcripción Cristina Albino
Revisión principal Cristina Albino
Contextualización Cristina Albino
Normalización Sandra Antunes
Anotación POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Fecha de transcipción2007

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Illmo Snro Manoel Nico lao de Abreo meo Mano Compe e Snro Na sua Caza da Povoa Illmo Mano do C

Não me pude despedir do Mano como dezejava: q era abrasalo de todo o meo corasão mas pa me não sufucar em lagrimas não o qis fazer. fasoo por este modo pedindolhe mil perdois se o ofendi: algum dia em alguma coiza: qis a ma sorte asim pasiensia: pode ser q va ser felis ou mto disgrasada: porem vou por não qerer q ningem padesa por meo respeito: e não qerer compremeter ningem os seos dem a paga a qem tem a culpa: o q peso ao Mano he que se não fie em ninhum destes malvados. i q a ma Mana e sobrinhas lhe de mil e mil efectivos recados: i abrasos tanho feito mil sacrifisios em falar a pesoas q não devia mas qem he infelis he em tudo: aDes torno a repetirlhe que se o ofendi em alguma coiza q me perdoa: sempre lhe escreverai de donde estiver não posso comer nada i sai q como vou q he baste doente i com o abalo de jornada i esta gente q tudo chorão sem saber q me matão não sai o q sera de mim: mas se naqelas teras lhe prestar pa alguma coizea i eu puder conte comigo pois sempre lhe mostrarai o q lhe sou de obgda i o q lhe devo: mas eu sempre lhe fui mto fiel i ai de ser emqto me durar a vida: aDes meo prezadisimo Mano ate quando Des qezer estimarai ter sempre boas notisias do Mano

pois sou sua mana come mto e mto Ata i obgda Ma

Leyenda:

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