PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Facsimile Lines

1634. Carta de Domingos Monteiro (o Chapado), artilheiro, para o seu pai, Domingos Francisco (o Chapado), barbeiro de espadas.

Author(s)

Domingos Monteiro      

Addressee(s)

Domingos Francisco                        

Summary

O autor relata o que tem passado, quem o tem apoiado na solidão em que vive e o que vai sabendo de certas pessoas suas conhecidas. Transmite igualmente algumas informações sobre a circulação de embarcações, alguns detalhes sobre o comércio de certos bens naquelas partes e muitas lembranças a familiares e amigos.
Page 45r > 45v

[1]
[2]
Louvado seja o santissimo
[3]
sacramento, pa todo sempre

Primita nosso snor que esta ache a Vm com aquela

[4]
saude e vida que eu lhe desejo por largos annos e noutro
[5]
estado deferente do que o deixei asim pobre como viuvo
[6]
mas nosso sor acudira como pode, Novas minhas são,
[7]
estar deos seja louvado em goa e cheguei a goa a pascoa
[8]
pasada de seissentos e trinta e quatro annos vindo de diu, com
[9]
lisenca do capitão da fortaleza pa me vir curar a goa por ser mto
[10]
doente aonde estive em diuu sangrado vinte tres vezes
[11]
com ventozas sarjadas sacramentado e ungido quis nosso sor
[12]
darme saude seja pa o servir estando em goa tornei adoeser
[13]
aonde fui ao espital e me sangrarão quinze vezes e purgado
[14]
e outras medisinas que se fazem aos doentes dando gracas
[15]
a deos contudo em terras alhas e tendo passado mtos trabalhos
[16]
e desgostos e verme so sem ter quem me valese nẽ acudise se
[17]
não so deos e mais o padre João galvão filho do sor simão gal
[18]
vão amiguo de Vm a quem Vm e mais eu devemos mto emcomen
[19]
dar a deos asim a vida do padre João galvão como a do sor seu
[20]
pai que ainda o ha de ver diante dos seus olhos porque
[21]
he padre mto honrrado e pode mto em goa mas abasta ser
[22]
filho de quem he porque afirmo a Vm sor pai que se o pa
[23]
dre não fora não sei que ouvera ser de mim porque
[24]
tanto que cheguei a goa loguo me buscou lugar de
[25]
bombardeiro, na nao nossa snora de belem que qua fiquou
[26]
que ds leve a salvamento ao Reino metendose tãobem
[27]
nisto o sor inquizidor mor de goa aonde por esta via
[28]
mo deu, o sor veador da fazenda Joze pinto pra que veio
[29]
por capitão mor na naveta aonde vim e se levar alguã
[30]
couza a responder o padre João galvão he que ma busqua e
[31]
fiqua por mim e he o que me avia pa me vir pa portu
[32]
gal Na Nao Nossa Snora de belem aonde vou que ds
[33]
leve a salvamento ao Reino, e Veja Vm com que se pagua
[34]
tudo isto que ainda que fora meu parente ou primo se podia
[35]
mais fazer que isto que me tem feito mas bem comprio
[36]
o padre sua palavrava como tinha dito a Vm que se
[37]
deos o trouxese a salvamto Vm viria o que elle fazia comiguo

Text viewWordcloudFacsimile viewPageflow viewSentence view