PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

PS3001

[1822]. Carta anónima, assinada com o pseudónimo Pedro Leal, para Joaquim António Tenreiro, proprietário.

SummaryO autor ordena a entrega de dinheiro na prisão do Limoeiro; em troca, promete poupar a vida do destinatário e da família.
Author(s) Anónimo575
Addressee(s) Joaquim António Tenreiro            
From Portugal, Lisboa
To Portugal, Évora, Borba
Context

Processo relativo a um anónimo que usava os pseudónimos de Pedro Leal, o Chuço, Martinho Marques e Joaquim Soares, acusado de extorsão a partir da cadeia do Limoeiro.

A forma de crime que esta carta documenta (e outras mais de igual teor) representa uma prática que se tornou característica da cadeia do Limoeiro no primeiro quartel de Oitocentos e cuja amplitude em muito beneficiou da instabilidade política e social associada aos primeiros anos do Liberalismo e da ambiência generalizada de vulnerabilidade e suspeição.

Support meia folha de papel dobrada, escrita nas três primeiras faces e com o sobrescrito na última.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Juízo Crime do Bairro do Limoeiro
Archival Reference Maço 13, Número 25
Folios [5]r-[6]v
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcription Mariana Gomes
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Miguel Cruz
Standardization Rita Marquilhas
Transcription date2013

Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.

AO Snr Joaqm Antonio Tenrreiro, meu Ao fra Corro de Estremores Borba LISBOA 3 de 7bro Snr Joaqm Antonio Tenrreiro

Estimaremos muito q vmce tenha passado mto bem e tudo quando lhe pertençe

Com esta vou a pedir a vmce o obzequio de me prestar, 12 moedas as quaes, vmce me empresta athe eu ter oCazião pa a enteregar a vmce este dro pois aconteceu prenderem hum meu Camarada, o qual esta prezo no Limoeiro, e vmce

Fará o favor de me mandar estas doze moedas pello Corro siguro, e mandara a Carta com a Cautella, e remeta tudo pa o Snr Joze Maria Peixo-to de Azevedo, prezo no Limoeiro e mandara vmce este dro athe o dia 12 do Corrte, pois eu patrto destes sitios pa Estremores, e então, eu manda mandarei entregar a vmce o seu dro ou em sua Caza ou em algua pte q nos encontrarmos, pois este dro pa este meu Camarada ser solto, e como eu agora estou falto de dro a rezão por que peço a vmce este obzequio, o que eu espero me sirva sem falta nenhuma, e não quero disculpas porq eu sei bellamte os seus teres

Emfim eu espero em vmce mande Ja ja este dro e qdo não mande, pode contar, q mmo a sua Caza lhe vou tirar a Vida, e conte q morre, e quero ja ja este dro qdo não....

Remeta tudo pa o do Joze Maria Peixoto de Azevedo, prezo prezo no Limoeiro, e mande este dro vmce ha de ser estimado por nos e não o fazendo asim, ou vmce ou algum da sua familia me ha de morrer de hum tiro, ou facadas e deito lhe o fogo, as Cazas e a tudo qto seu,

E por esta lho juro

Sou Seu Vor o Capam da Coadrilha Pedro Leal

PS olhe q eu tenho mtos mtos Camaradas portanto


Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Download XMLDownload textWordcloudFacsimile viewManuscript line viewPageflow viewSentence view