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Maarten Janssen, 2014-

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1601. Carta de Tomé de Sousa para sua irmã, Margarida Dias.

SummaryCarta de um irmão para a irmã, Margarida, a contar-lhe pormenores do casamento do cunhado de ambos com uma segunda mulher.
Author(s) Tomé de Sousa
Addressee(s) Margarida Dias            
From Portugal, Viana do Castelo, Refóios do Lima
To Portugal, Lisboa
Context

Lê-se na capa do processo: "morto no cárcere". O réu era Francisco Fernandes, que teria mudado o nome para Gaspar Ferreira quando casou com a segunda mulher sendo a primeira delas ainda viva. Foi acusado de bigamia pela Inquisição de Lisboa e preso no dia 24 de abril de 1608, tendo morrido de doença nos cárceres a 8 de junho do mesmo ano. A denunciante foi Margarida Dias, que, sem ser chamada à Mesa Inquisitorial, decidiu acusar o réu (fl.5r). Afirmou que de entre os seus irmãos e irmãs, uma delas, Inês Rodrigues, moradora em Torneiros, freguesia de Refóios, tinha casado com Francisco Fernandes (o réu) havia dez anos, dele tendo tido quatro filhos (dois filhos falecidos e duas filhas vivas ‒ fl.5v). A denunciante afirmou ter trocado várias cartas com um dos irmãos, Tomé de Sousa, e que, em uma das cartas, ele lhe tinha contado que Francisco Fernandes casara com outra mulher (na Igreja do Salvador, em Lisboa, hoje Convento do Salvador).

Support uma folha de papel dobrada escrita na segunda e na terceira faces e com o sobrescrito na última.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Processo 2264
Folios 7r-8v
Transcription Mariana Gomes
Main Revision Rita Marquilhas
Standardization Sandra Antunes
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2010

Page 7r > 7v

Irmã

Aguora q vay este portador faco esta pa por ella me avise da sua saude de como esta e quera deos q va esta pa q me venha allgua sua pa por ella saber de como esta escreveiome q não fazião qua causa della nẽ se llembravão della quanto dizerme na sua q fazião qua conta della Como negra ate aguora não ha quen faca menos de Irmã, mais do q me escreve aserqua da parte q qua tẽ nymgẽ lho negua mais ja escrevy a vm q me mandase a precuracão pa aver de fazer o q lhe bem parecer porq doutra manra não ha quẽ de seu dro asi no ar, quanto mais os Irmãos são mtos e cada quer emtemder niso mais fazemdo vm procuracão pa vir a efeito da manra q lhe bẽ pareser, quanto da llouvacão q diz aserqua de seu tio ao diz ou anto piz não podẽ fazer nada sẽ procuracão sua porq asi vyndo a procuracão a de ser requonhesida por a Justa desa sidade e mais em coymbra e vindo tãobẽ no porto e vindo procuracão lloguo se fara aquyllo q bẽ lhe pareser porq não ha qua qué lhe nege o seu, quanto aserqua dese homẽ q me escreve ser lla Casado não soube cousa serta senão des q vy a sua e pondome cullpa ate aquy a não tenho mais



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