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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1723. Carta de Tomé da Mota Barreto, padre, para a Inquisição de Coimbra.

ResumoO pede a sua libertação, dizendo-se inocente dos crimes de que é acusado.
Autor(es) Tomé da Mota Barreto
Destinatário(s) Inquisição de Coimbra            
De Portugal, Braga
Para S.l.
Contexto

Dentro do fundo do Tribunal do Santo Ofício existem as coleções de Cadernos do Promotor das inquisições de Lisboa, Évora e Coimbra. O seu âmbito é principalmente o da recolha de acusações de heresia. A partir de tais acusações, o promotor do Santo Ofício decidia proceder ou não a mais diligências, no sentido de mover processos a alguns dos acusados. Denúncias, confissões, cartas de comissários e familiares e instrução de processos são algumas das tipologias documentais que se podem encontrar nestes Cadernos. Quanto ao crime nefando e à solicitação, são culpas que não estão normalmente referidas nestes livros.

Suporte meia folha de papel não dobrada, escrita em ambas as faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Coimbra, Cadernos do Promotor
Cota arquivística Livro 352
Fólios 104r-v
Transcrição Mariana Gomes
Revisão principal Clara Pinto
Modernização Clara Pinto
Anotação POS POS automático
Data da transcrição2007

Page 104r > 104v

[1]
tta Barretto, natural da Cide de Braga, e prezo ho tem
[2]
po de dôus annos, sem haver commetido Culpa algũa
[3]
mais q tão somte por assim ser vontade de seu Prelado:
[4]
q sendo padecido mtas morteficações sem lhe darem
[5]
Livramto Como ja o suppte a V Illmas Reprezentou:
[6]
aggravou o suppte pa a Coroa de S Magde donde, mostran
[7]
dose o suppte sem a mais Leve culpa foy mandado
[8]
q fosse solto E aliviado de toda a culpa, e pena: e por se
[9]
não dar Comprimto as Cartas rogatorias q da Rella
[10]
ção do Porto se passarão a favor do suppte se deu conta
[11]
a S Magde o qual por duas cartas suas mandou
[12]
q o ouvidor da Cidade, notefiçasse ao Vigario geral
[13]
dessa, para q dentro de vinte dias peremptorios apare
[14]
cesse no seu Dezo do Passo a dar a Razão; por q não
[15]
comprio as suas ordens: E Como não foy, como era man
[16]
dado. Estâ para se tomar no Dezo do Passo, neste
[17]
nego o assunto, e ultima resolucão q for justiça: e Como
[18]
tambem vio o ditto vigario geral q o suppte tinha mta
[19]
justiça, e razão, e q não queria ceder o suppte do seu Dirto
[20]
para mais ser o suppte vexado e opprimido injustamte
[21]
e çeder do seu intentto mandou de poder absoluto para
[22]
a enxovia onde Estâ ha 4 mezes, sem o suppte haver
[23]
dado cauza para se lhe estreytar a prizão.
[24]
E Sucedendo isto assim aos 26 do mez de outubro do
[25]
anno proximo passado; estando o suppte hũa tarde rezando
[26]
o offiçio Divino. Chegarão ao do Aljube. o Meyrinho geral
[27]
Faustino Ribro; e o Agente da Mitra Manoel Pra
[28]
e o Aljubeyro Anto da Costa, pa Lançarem o suppte a enxovia
[29]
sem haver cauza pa semelhante eXcesso e perguntando
[30]
lhe o suppte pella ordem, responderão q lha não querião mos
[31]
trar; chegarão Logo no suppte â força e o arrastarão pello
[32]
cham Com Breviario nas mãos: e vendose o suppte
[33]
tão vexado Começou a cclamar a voX de El Rey, para
[34]
onde tinha recorrido, e pello sancto. officio, q lhe Valesse, q
[35]
o querião fazer arrenegar, est do demonio, sendo
[36]
o suppte hum sacerdote mto Catholico, E mto amigo de
[37]
Deos, q protesta morrer, e viver na sancta fe catholica

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