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Maarten Janssen, 2014-

PSCR1139

1592. Carta de António do Vale de Vasconcelos para Estêvão de Brito Freire.

Author(s) António do Vale de Vasconcelos      
Addressee(s) Estêvão de Brito Freire      
In English

Private letter from António do Vale de Vasconcelos to Estêvão de Brito Freire.

The author gives the recipient some news, and tells him that he got married again.

The defendant in this process is António do Vale de Vasconcelos (also known as "Lebracho"), accused of bigamy. He was married in Alentejo, Portugal, to Catarina Garcia de Cabreira, but then went to Brazil, in 1591, and there he got married with Helena Leitoa, while his first wife was still alive. To do this without getting into trouble, he first alleged that he was single, then he said he was a widower and, finally, that his first wife was very sick, which had made him presume that she would die really soon. The file includes eight letters, most of them from family members, which might help capture the true facts of his stituation.

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Estevão de brito freire meu sor||senhor Meu Snnor e amigo d alma

Em todas as partes honde me achei destas Capitanias esCrevi a vm largamente de minha viagem e trabalhos e se não foi tan largo Como elles forão pa Comigo foi por não enfadar a vm Com escripturas Compridas agora dou Conta a vm do fin de meus trabalhos e de meus prosperos susesos sabera vm Como estando nesta Capitania de São ViCente ja de todo estrenquado de Reales vestidos e das demais Cousas necesarias a minha trabalhosa viagem chegou navio ao Rio de Janeiro e nelle veio homẽ conhesido meu e da minha gente o qual espantado de me ver en tal terra e de achar na tal novas minhas soube como eu estava nesta Capitania de São Vicente e logo en hũa Caravelinha que partio me escreveo que fose ter Com elle e quando não que por aquella saberia as novas da minha terra e gente da qual Carta soube ser morta aquella dama que vm sabe que me enContraria neste prospero soseso e novo estado en que fico e neste instante quis ds por sua miseriCordia lenbrarse de mim que permitio tratarse casamto que ja se tratava dantes Comigo e não se fasia somtes por esperarẽ meu consentimto o qual Con tal nova me aConselhei Comigo e Con o tempo e Con o estado en que estava e ouve por bem Consentir nelle e logo se afeitoou e asim fico Casado ja Recebido e Contente de meu ben afortunado soseso porque achei os Comodos que en tal tempo me pertensião achei hũa molher virtuosa e homrada e Riqua Con a qual me derão oito mil Crusados antes mais que menos os quais tenho por mais neste tempo que noutro outros muitos prinCipalmente por estar en tempo e chegar me ds a elle que posso servir a vm e mostrar a Verdade por obra que Minhas palavras apregoam por este portador não mando a vm nenhũa Cousa por ser Recebido de tres ou quatro dias como elle dira a vm e não tenho aInda nada de meu mas polo primro navio que for irão algũs mimos inportantes que vm se posa selebrar minhas vodas E Inda que sou serto nesta terra Com vm daqui a quatro meses ou sinco querendo noso sennor ja Irei por Capitão e senhor de Caravelão que elle e a pesoa e fama e fazenda se sacrificara e gastara toda no serviso de vm e ese sera o gosto de ser tan serto servidor e amigo e dou minha palavra que o seje tanto mais do que fora sendo Cousa sua propia e não enCareso mais porque não ha pa que porque estou bem Crente e serto em vm saber esta verdade esta Carta não mostre a ningẽ porque não ha pa que se saiba isto ca enCubra vm meus segredos Como eu fizera ofereCendose os e me cairam em minhas maos la esCrevo ao Snor don frco de sousa seu tio e ao snor don Antonio e a frco mas clrarmente sen particularidades algũas vm se se corronper pola terra algũa cousa sobre a dama de portugal e não declaro mais porque sei que me entende vm me fara en defender isso Como a rezão o obrigua e ho mo deve demais e irei mui sedo feito mercador a essas partes donde me leva os desejos de ver a vm e so estes e estas esperansas me sostentão a dama Con que fico casado he filha do Capitão Jeronimo leitão que ate agora o foi nesta Capitania de São Vicente não enComendo mais isto que asima diguo porque vivo Con vm mui Confiado a quen niso pode o que pode e o que lhe eu desejo oje 10 de marco de 92, quando me escrever escrevame reCatado as mais omrras que vm nas suas me puder dar e asim Como me asino me escreva bezo as maos a vm

Seu Amigo d alma Anto do Valle de Vasconcellos

Legenda:

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