PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

PSCR1436

1620. Carta de António de Castro Pinto, cirurgião, para Jorge Fernandes, padre.

SummaryO autor justifica-se perante o destinatário reconhecendo os seus erros, mas ao mesmo tempo queixa-se de perseguição por parte de terceiros. Pede que o destinatário interceda a seu favor, sobretudo para efeitos de uma restituição de bens.
Author(s) António de Castro Pinto
Addressee(s) Jorge Fernandes            
From Portugal, Bragança, Izeda
To Portugal, Bragança, Argozelo
Context

Certos indivíduos foram denunciados à Inquisição de Coimbra por terem posto em sobressalto os cristãos-novos de Argozelo, que abordavam alegando serem familiares do Santo Ofício. Os infratores identificados foram o cirurgião António de Castro Pinto, o (meio) cristão-novo e almocreve Pero Gomes, o juiz ordinário de Argozelo, Baltasar Mourão, e Tomé Pires, lavrador. Sob semelhante disfarce, o esquema consistia em arrombar portas e em forçar os cristãos-novos a entregarem os seus bens sob ameaça de prisão.

O juiz de Argozelo defendeu-se alegando ter sido ele próprio ludibriado por António de Castro Pinto, que o convencera de que trazia ordens genuínas da Inquisição de Coimbra. No processo de António de Castro Pinto foram arquivadas cinco cartas redigidas pelo cirurgião e remetidas ao comissário do Santo Ofício, Francisco Luís, ao juiz dos órfãos da vila de Outeiro, João Machado, e ao cura de Argozelo, Jorge Fernandes. Algumas foram anexadas aos autos a 23 de março de 1620 por ordem do bispo de Miranda, ao passo que outras terão sido entregues pelos destinatários.

Support meia folha de papel, escrita em ambas as faces.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Coimbra
Archival Reference Processo 3084
Folios 22r e v
Main Revision Raïssa Gillier
Standardization Raïssa Gillier
Transcription date2015

Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.

Ao sor Ldo jorge frz cura ẽ alguselo q dẽs gde

minha molher me disse q Vm lhe fezera mtas ms o sor lhas page e me dise tãoben q vm se enojara da carta e eu sei q iria mall q mto homen apeixoado não e sor de si não se de me fazer ms q eu as ei de agardeçer e asi me diserão q la me tratavão de mall min não a esas falltas q não mamei tão mao leite inda q tenha roin cabeça Vm me faça m de me descullpar todo o posivell q eu não tive cullpa e diga Vm ao mãoçebo q lhe forão a sua caza q po gomes primo de ganboa fez iso e o juiz lha abrio q eu não lhe tive cullpa nhũa mto senti teren esess mto ma conçiençia en me mataren minha egoa q esta aberta e manca e de tall sorte q não servira mais vm ma faça de dizer eses homẽs onde esta o meu fato mo queirão dar q eu não o ei de deixar perder nen lhe devo nada e não sei con que conçiencia mo queren tomar la esta ho freio da egoa çirlha cobertor e sejão servidos darma antes de mais ẽfados q iso não me esqueçera jamais porq e meu e fazme mister e são mto parvõs en se quereren deixar asi ficar e falar la tãoto como falarão eu não me nomeei por fameliar inda q mo chamasen a min e se me esviei tinha rezão de sentir mais q os demais vm me mãode como seu criado espero verme vm cedo q carta dese irei pedir os lugeis da minha egoa e lhe derão q a minha egoa não tinha poder pa nada enbargaran 14 dias mas não o deitarão saco roto o sor de a Vm o q pode como pa min desejo

deste izeda e criado de Vm oje 4 de abril de 1620 deste criado Anto de crasto pto

Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Download XMLDownload textWordcloudFacsimile viewManuscript line viewPageflow viewSentence view