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Maarten Janssen, 2014-

CARDS6118

1820. Carta de António Gonçalves, lavrador, para Joaquim José Salgado, seareiro.

SummaryO autor pede desculpas ao réu e disponibiliza-se a pagar os prejuízos.
Author(s) António Gonçalves
Addressee(s) Joaquim José Salgado            
From Portugal, Évora, Pêgo Longo
To S.l.
Context

Joaquim José Salgado e José Ferreira Prates foram acusados de serem salteadores de estradas. António Gonçalves, lavrador e morador na Herdade de Pêgo Longo, foi aí visitado por Joaquim José Salgado, seu compadre, que dizia querer pagar-lhe uma dívida. Saíram ambos para procurarem um escrivão e foram abordados, na estrada, por dois homens, sócios do compadre, que obrigaram António não só a assinar um escrito, onde dava como pagos a dívida e os juros, como também a mandar entregar 314 réis no monte. Foi-lhe mesmo enviada uma carta (fl.75), assinada por Francisco António mas cujo responsável era provavelmente Joaquim José Salgado, com ameaças para entregar a dita quantia. No entanto, o motivo que levou António Gonçalves a apresentar queixa de Joaquim José Salgado não teve nada a ver com estes episódios, mas sim com desentendimentos por causa da compra de uma fazenda. Curiosamente, aquando da saída do réu da prisão, António Gonçalves escreveu-lhe uma carta (fl.28), manifestando o seu arrependimento e disponibilidade para pagar todos os prejuízos que lhe causara.

Support meia folha de papel dobrada escrita numa das faces
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra J, Maço 61, Número 1, Caixa 180, Caderno [1]
Folios 28r
Transcription Leonor Tavares
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Leonor Tavares
Standardization Catarina Carvalheiro
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2007

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Pego Longo Ao Snr Joaquim Je Salgado a qm Deos Gde mtos as na Cadeia da Villa Lças pr Meç Sr Compadre

tenho a notiçia q Vmce esta a sahir dessa prizão e asim peçolhe logo q saia Venha a Minha caza pa nos compormos anvos e dois e asim lhe quero pidir perdão da grande ofença que lhe fez porem queira me perdoar tudo prq eu se o fez não foi pr minha caveça porque eu não me lembrava de lhe lebantar semilhante coiza tudo foi por me induzirem e quem foi eu a Vista lho direi e asim lembreçe Vmce do que nós comberçamos dobaixo da oliveira defronte da porta o anno passado em agosto apezar que eu me agoniei com Vmce por mo não trazer todo agora lhe digo que Vmce me pagara como e quando puder pois eu bem sei que sou culpado porem ja omildemente lhe peço perdão pois eu sou responçavel por todas as dispezas que Vmce tem feito e asim lhe peço mto segredo e quan-do Vier ao Meu monte não o Veja Alguem porque não quero que Venhão no conheçimento disto e escuza Vmce de me fazer mal com justiça porque o que eu hei de dar a justica dallo a Vmce e eu lhe pagarei bem este favor e asim espero que Vmce não falte e a Vista falaremos

Sou seu compadre e mto Venerador Antonio Goncalves Hoje 16 de Maiio de 1820

Legenda:

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