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[1822]. Carta de Gertrudes Rosa da Conceição, presa, para António José Ferreira, caixeiro, também preso.
Autor(es)
Gertrudes Rosa da Conceição
Destinatario(s)
António José Ferreira
Resumen
A ré, presa, informa o amante das condições em que se encontra e do modo como o processo decorre.
Texto: -
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ele ha de agora
justificar o crime e o depois eu hei de dar
testemunhas
heu estava capas de ver ce me
tia pela merzircordia porq me dizem
q pela mezercordia lhe fazem dar o perdão
mas o meu filho dis q não
asim eu
disto não cei nada
estou por tudo quanto me dizem
o alvara ja requeri 2 vezes
agora dicerão q me havião de requerer hum da relacão q ce dão 4
fiadores o crime
como nos não temos crimes cempre
han de haver fiadores
eu não tenho medo de dar quantas justifica
cois foce porq sou mto obrigada a todos porq todos dizem q ate poi
as maus no lume por mim e q ele he hum patife q percizava mil
vidas fora e todos são contra ele
mas como ele tem dinheiro tudo
compra
eu agora quero ver ce mudo de iscrevão pa hum q dizem
he mto bom chamado Ancelmo
ele mandou hir meu Pai debai
xo de prezão pa o menistro o fazer acinar hum termo de responcebili
dade de vida
asim o q eu queria q me mandace dizer
ce Vmce tambem vem aqui o patio paciar porq como estou na infor
maria queria velo
e ce não poder cer veiga ce arenga com ese cogeito
q esta ahi na cala em hum quarto q ele tem ca a molher na informaria
ela he mto minha amiga por iso hela pede o marido pa lhe levar as mi
nhas cartas e trazer as cuas
veiga ce vem ca hum dia com ele acima
ele
xamace João Joze Nogra de cetubal
as cartas não paca
da mão dele poq o meu Jacinto tenho medo dele porq Vmce bem cabe q
he hum doido
mandeme dizer o q lhe intregou onte e ce iscreveu por ele
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